O
veludo está de volta. Criado no Oriente e popularizado na Europa, é
considerado um dos tecidos mais antigos existentes. O material, de toque
macio e brilhante, faz-se conhecido desde a Idade Média, como ícone de
sofisticação, utilizado na criação de vestidos e casacos para serem
vestidos por nobres. Logo, passou a ser utilizado em peças para o dia a
dia entre as décadas de 1960 e 1970 e, de tempos em tempos, retorna à
moda.
Contudo, apesar de sua aparência aveludada e aconchegante, o veludo não aquece em demasia, assim, deve ser utilizado como complemento, em sobreposições, finalizando o look. Texturas aveludadas
podem ser feitas de seda, algodão ou fio sintético; podem apresentar-se
opacas, ou possuir diversos tipos de superfícies brilhosas: clássico,
molhado, cotelê ou cristal. E propõe um mix com outros materiais como
rendas, couro e paetês.
Assim, o veludo foi um dos materiais que mais se destacou
nas passarelas dos desfiles de inverno, hora como protagonista, hora
como coadjuvante, e promete invadir as ruas nos dias frios em peças como
vestidos, calças, saias e jaquetas, tal como nas bolsas e
principalmente calçados, atribuindo classe, elegância e brilho às
produções.
Nas passarelas internacionais, Alexander Wang, Donna
Karan, Zac Posen e Dolce & Gabbana, dentre outros nomes, desfilaram
casacos, calças, vestidos e acessórios de veludo. Por aqui, entre as
criações de grandes estilistas para a última edição do SPFW,
Animale, Huis Clos, Osklen, Reinaldo Lourenço, Tufi Duek, Lino
Villaventura e Mario Queiroz apresentaram peças totais ou detalhadas no
material durante as apresentações.
O veludo de efeito molhado,
um dos tipos de maior destaque durante a edição, estará presente em
macacões, vestidinhos e maxivestidos. A Animale, todavia, investiu em
conjuntinhos de camisa e calça, de trabalhados devorê, revelando pontos
de transparência em partes das peças. A Osklen, por sua vez, investiu
nos macacões e vestidos de veludo molhado e estampado.
Já no
desfile da grife Huis Clos, as peças em veludo molhado apresentaram-se
em cores vibrantes, meio à texturas opacas, como pontos de destaque na
passarela. Este, entretanto, é uma opção viável para o inverno ameno,
pois tem como principal característica seu efeito brilhante, tendência
para a temporada, como se vê mundo afora e nos editoriais de moda, em
produções diurnas e noturnas, em tons fechados como o preto, verde,
vermelho e variações de nuances terrosas como o mostarda.
Como usar o veludo no inverno:
Para o dia a dia, os cotelês
são ideais para serem usados em saias, blazers e jaquetas, nos tons de
cáqui, cinza ou marinho. Já os canelados, por usa vez, são mais
apropriados para roupas esportivas, pois, de trama sofisticada,
destaca-se em qualquer produção. Logo, misturar duas peças de veludo é
uma possibilidade, desde que ambas as peças sejam da mesma textura:
cotelê com cotelê, ou liso com liso.
Assim, para investir em
produções utilizando o veludo, coordene elementos do material com peças
de caimento leve e informal. Por exemplo, a calça de veludo com t-shirt e
jaqueta perfecto de couro; casaqueto de veludo sobre um vestido de seda
opaca; calça de brim, camiseta de veludo e cardigã de tricô; ou ainda,
saia ou shorts de veludo, camisa de renda de algodão e jaquetinha de
couro leve. Para coordenações joviais mescle caimentos, modelagens e
pesos distintos, e mais, lembre-se de equilibrar tons claros e escuros,
coloridos e neutros.
Para eventos noturnos, os lisos em tons de
preto, marinho, verde-escuro e bordô são desejáveis. De caráter
sofisticado, o veludo adequa-se às produções festivas e elegantes. Os
paletós, curtos ou longos, tal como os boleros fazem par aos vestidos
leves de festa. A atriz Angelina Jolie, por exemplo, apostou em um
modelo Versace longo, tomara que caia e com fenda, para a edição do Oscar 2012.
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